O Swift é o resultado de anos de investigação da Universidade de Zurique e da Intel no domínio da Inteligência Artificial (IA) e da aprendizagem automática. Em 2021, o sistema de controlo de voo, com recurso a câmaras externas (posicionadas ao longo da pista) para validar a sua posição, conseguiu bater vários pilotos amadores, no que foi um ponto marcante no desenvolvimento do projeto.
Agora, na semana que passou, o sistema conseguiu ser mais rápido do que três pilotos profissionais, o que assinala outro marco importante para o Swift. Além de ter sido mais rápido, o sistema deixou de precisar das câmaras externas e “reagiu, em tempo real, com a câmara a bordo, tal como estavam a fazer os pilotos humanos”, explica o comunicado da universidade, citado no Engadget.
O algoritmo foi ‘alimentado’ com uma unidade de medida para aferir a aceleração e a velocidade, enquanto uma rede neuronal localizava a sua posição no espaço, usando dados da câmara frontal. Todos os dados foram processados pela unidade de controlo central que ia estabelecendo o caminho mais rápido durante a corrida.
O Swift conseguiu ser meio segundo mais rápido do que os rivais humanos Alex Vanover (campeão de 2019 da Drone Racing League), Thomas Bitmatta, campeão de 2019 da MultiGP Drone Racing e o tricampeão suíço Marvin Schaepper.
Davide Scaramuzza, responsável pelo grupo de Robótica e Perceção na Universidade de Zurique, salienta que “os drones têm uma capacidade limitada de bateria; a maior parte da energia é usada apenas para se manterem a voar. Assim, ao voar cada vez mais rápido, aumentamos a sua utilidade”.
A equipa vai continuar a trabalhar no desenvolvimento do algoritmo para o adaptar a pilotar drones em operações de salvamento, monitorização de florestas, exploração espacial e produção de filmes.