Linda Yaccarino, a CEO escolhida por Elon Musk para liderar a Twitter, agora X, deu a sua primeira grande entrevista à CNBC onde abordou vários temas da atualidade da empresa, revelando que a X está perto de atingir o breakeven.
Sobre a Threads, concorrente que a Meta de Zuckerberg está a desenvolver, Yaccarino conta que “começaram com uma grande hype e com uma grande plataforma de lançamento dos utilizadores do Instagram… (mas) agora está a parar dramaticamente. Nunca devemos tirar os olhos dos nossos rivais porque vão continuar nas suas iterações e estamos atentos ao que estão a fazer. O que podemos ver é que a Threads está a construir para ser como o que o Twitter era – antes da renomeação, da X – e nós estamos focados no que a X vai ser, que é um mapa e uma visão inteiramente diferentes”.
No que toca à estratégia de mudar de nome e abandonar a marca forte do pássaro azul, Yaccarino explica que “a renomeação representa uma libertação do Twitter, uma libertação que nos permite a todos evoluir de uma mentalidade antiga para reimaginarmos como todos… em todo o mundo vamos mudar a forma como nos juntamos, como transacionamos, tudo num único local”, adicionando ainda que vai ser possível fazer chamadas de vídeo e pagamentos na plataforma. Musk pretende que a X seja uma app congregadora, como o WeChat na China, concentrando aí várias funcionalidades e ferramentas.
Por fim, questionada sobre o regresso dos anunciantes à X, Yaccarino confirma que alguns dos grandes parceiros estão a regressar, como a Coca Cola, a Visa ou a State Farm. No início da semana, a empresa lançou mais mecanismos de segurança para proteger as marcas e os seus anúncios, permitindo que a publicidade não apareça junto de conteúdos como “discursos de ódio, sexuais, profanidade excessiva, obscenidade, spam e drogas”. A CEO reafirma que “os vossos anúncios vão aparecer apenas junto de conteúdos que considerem apropriado”, como meio de tranquilizar os anunciantes.