A OneWeb e a Eutelsat começaram conversações para se juntarem numa só empresa e rivalizar de forma mais eficiente contra a Starlink dos EUA. O negócio valoriza a OneWeb em 3,4 mil milhões de dólares e pode ficar concluído até meados de 2023, caso haja luz verde dos reguladores. As receitas combinadas esperadas das duas empresas para este ano fiscal ascendem aos 1,2 mil milhões de dólares.
A Eutelsat opera uma frota de 36 satélites em órbita geostacionária, enquanto a OneWeb tem uma constelação de 428 satélites em baixa órbita e capazes de fornecer acesso à Internet a partir dos céus. Este número faz parte de uma primeira geração que vai chegar aos 648 satélites.
Segundo a proposta em cima da mesa, Dominique D’Hinnin mantém-se na presidência da Eutelsat, enquanto Eva Berneke mantém-se como CEO e o investidor Sunil Bharti Mittal entrará assumirá funções de co-presidente.
A OneWeb, recorde-se, apresentou falência em março de 2020, enquanto procurava um comprador. Depois disso, o governo britânico e o Mittal’s Bharti Group pagaram 500 milhões de dólares para ficar com 45% das ações da empresa. Em 2021, a organização conseguiu recolher fundos adicionais para avançar com o projeto de lançamento de centenas de satélites. Com as sanções aplicadas à Rússia, a OneWeb viu cortada a sua plataforma de lançamentos e teve de recorrer à rival SpaceX para conseguir avançar com a colocação da primeira geração de satélites no espaço, lembra o Engadget.
O governo britânico vai manter uma posição com “direitos especiais” sobre a empresa que surgir com a fusão, por forma a salvaguardar a segurança nacional e com direito de veto em certas decisões.