A NASA e a Boeing estão prestes a lançar o SLS com uma cápsula espacial Orion pela primeira vez, numa missão programada para a primeira metade de 2022. Entretanto, a agência espacial norte-americana está já a sondar o mercado para conseguir “maximizar a eficiência e sustentabilidade de longo prazo” destes foguetões e sistemas do terreno associados. A NASA compromete-se a voar os SLS durante os próximos 30 anos ou mais, em missões lunares ou de espaço profundo.
Em contrapartida de pelo menos um voo tripulado por ano durante a próxima década, a agência pretende passar a responsabilidade de construção do rocket e dos sistemas em terra para o setor privado. O operador privado deve conseguir construir e lançar os foguetões a menos de metade do preço praticado atualmente na indústria, explica o ArsTechnica. O valor oficial de um voo destes não foi confirmado, mas notícias de 2019 apontam para os dois mil milhões de dólares.
A expetativa da NASA pode ser exequível, embora o registo histórico neste tipo de inidicativas não seja propriamente risonho: os SLS foram concebidos em 2010 e anunciados em 2011 com intenção de começarem a voar em 2016, com um custo de desenvolvimento de 10 mil milhões de dólares. Quer os prazos, quer os custos acabaram por derrapar bastante face às projeções originais (mais de dez anos e 30 mil milhões).
Os críticos apontam que a estratégia do SLS não passa pelo reaproveitamento do hardware no espaço e que a “abordagem de lançar tudo de uma só vez” funcionou bem numa era de força bruta, na época do programa lunar Apollo. Agora, a tendência seguida por SpaceX e companhia, bem como pelas agências espaciais na Europa, China, Japão e Rússia passa por incorporar cada vez mais elementos reutilizáveis.