A bordo do foguetão SpaceX Falcon 9, que parte para o espaço no dia 23 de novembro, seguirá a missão DART (Double Asteroid Redirection Test), uma missão que pretende estabelecer as bases para futuras tentativas de desvio de trajetórias de asteroides que ameacem a Terra.
Este será o próximo dos vários passos do projeto conjunto AIDA (Asteroid Impact Deflection Assessment) criada pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA), que tem como objetivo proteger o planeta Terra da colisão com asteroides. Se tudo correr como está planeado, sensivelmente 10 meses depois do seu lançamento, a missão DART colidirá, deliberadamente, com Dimorphos (a lua do asteroide Didymos) que orbita perto da Terra e que tem as dimensões necessárias para ser considerado um perigo. De acordo com a informação disponibilizada pelas agências, a colisão servirá para testar a viabilidade do método como ferramenta de defesa planetária.
Cada nave espacial terá uma missão: a nave espacial da NASA a de interceptar o asteroide; a europeia s de recolher todos os dados relativos ao efeito do impacto. Espera-se que isto permita o desenvolvimento de uma tecnologia de deflação que melhorará substancialmente as estratégias de defesa, principalmente no que toca à compreensão do tipo de forças necessárias para alterar a trajetória de um asteroide que esteja em perigo de colisão com o nosso planeta.
A missão DART foi desenvolvida pelo Planetary Defense Coordination Office da NASA e gerida pelo Laboratório de Física Aplicada da Johns Hopkins University. A equipa irá trabalhar em conjunto com os membros da Hera (Missão de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia) de forma a garantir o melhor resultado do projeto AIDA.
A DART colidirá com Dimorphos a uma velocidade de quase 24 mil quilómetros por hora. Este impacto resultará numa alteração de 1% na velocidade de órbita de Dimorphos. Embora pareça pouco, esta mudança de apenas 1 % resultará numa alteração de vários minutos do período orbital da sua lua.
De acordo com a agência espacial europeia, esta será a primeira vez que o ser humano altera a dinâmica do sistema solar de um modo mensurável.