O acordo entre Reino Unido, EUA e Austrália foi anunciado pelo presidente americano e pelos primeiros-ministros britânico e australiano numa videochamada esta quarta-feira. As três nações vão desenvolver uma frota de submarinos nucleares com o objetivo de, acredita-se, rivalizar com a China. Aquela nação asiática já descreveu o plano como “irresponsável”, enquanto os líderes dos países anglófonos não mencionaram Pequim ou a China uma única vez no anúncio do acordo.
A Austrália vai construir oito submarinos com reatores nucleares (não com mísseis nucleares), com o conhecimento desta tecnologia a vir do Reino Unido e dos EUA. Os três países pretendem partilhar informações e inteligência, numa altura em que aumentam as tensões com a China, nomeadamente sobre Taiwan e outros interesses contraditórios.
A China já reagiu, com um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros a apelidar o AUKUS de irresponsável e dizendo que este “coloca em causa a paz regional e a estabilidade, intensificando a corrida às armas”.
A Nova Zelândia mantém a posição de continuar a banir os navios nucleares das suas águas e já fez saber que não permitirá a circulação destas embarcações australianas no seu território.