A Facebook pretende combater campanhas de desinformação, discurso de ódio e apelos à violência que possam ser realizados na plataforma devido ao conflito entre Israel e a Palestina. A empresa nomeou uma equipa dedicada à monitorização das publicações feitas sobre este tema e que está vigilante 24 horas por dia, sete dias por semana, removendo conteúdos e assegurando que as políticas da empresa estão a ser observadas.
A constituição de equipas dedicadas não é inédita, tendo a Facebook já preparado centros de operações especiais semelhantes no passado, como em cenário de eleições políticas, lembra a Reuters.
O The New York Times publicou uma história nesta quarta-feira, 19 de maio, na qual mostrava que extremistas judeus tinham organizado grupos no WhatsApp, detido pela Facebook, para organizar atos de violência contra palestinianos. A componente tecnológica assume um papel determinante no conflito, pelo que a moderação se torna essencial. No entanto, um porta-voz do WhatsApp relembra que “como serviço privado de mensagens, não temos acesso aos conteúdos dos chats pessoais, embora quando as situações nos sejam reportadas, atuemos para banir contas que acreditamos que possam estar envolvidas em causar danos iminentes”.
Apesar desta preparação e da nomeação de equipas especiais, as redes sociais não estão imunes a acusações de censura. Na semana passada, por exemplo, o Instagram (também do grupo Facebook) foi acusado de ter removido erradamente conteúdo sobre uma mesquita em Jerusalém onde se registaram conflitos entre devotos muçulmanos e a polícia israelita.
O novo centro de operações especiais conta com vários especialistas em moderação de conteúdos, incluindo nativos árabes e hebraicos.
Os executivos de topo da Facebook já se reuniram com responsáveis políticos da Palestina e de Israel nos últimos dias.