A Huawei quer angariar entre 1,2 e 1,3 mil milhões de dólares por via de direitos de propriedade intelectual relacionados com as suas tecnologias da quinta geração de telecomunicações móveis (5G). A empresa quer cobrar à Samsung e à Apple 2,5 dólares, cerca de de 2,10 euros ao câmbio atual, por cada smartphone vendido e promete manter o valor limitado e as taxas abaixo das que são pedidas pela Qualcomm e pela Nokia. A fabricante finlandesa, por exemplo, cobra 3,58 dólares, cerca de três euros, por unidade.
A estratégia da Huawei passa por diversificar as fontes de receita, depois de ter visto a sua capacidade de vender nos EUA restringida pelas sanções económicas aplicadas em 2018. Recorde-se que, durante a Administração Trump, os produtos Huawei foram considerados um perigo para a segurança nacional daquele país e acusados de estarem ao serviço do regime de Pequim para espiar os utilizadores.
A GreyB, empresa de investigação de propriedade intelectual, estima que a Huawei tenha o maior número de famílias de patentes da 5G do mercado, com 3007 registos e que correspondem a 18,3% do que está em uso atualmente, noticia a publicação ArsTechnica.
As rivais Apple e Samsung figuram assim como os principais contribuintes para esta fonte de receita, uma vez que se tratam dos dois maiores fabricantes de smartphones e que têm planos para lançar vários modelos 5G no mercado nos próximos tempos.
Apesar de a tecnologia 5G ainda estar nos seus primórdios, é um consenso entre os analistas que esta será um dos principais impulsionadores para a venda, receita e adoção de novos equipamentos no setor tecnológico. Assim, é natural que as patentes relacionadas com a 5G se tornem ainda mais valiosos no futuro. Atualmente, a Apple e a Samsung recorrem a modems 5G da Qualcomm nos seus modelos.