O plano 2030 Digital Compass da União Europeia prevê reduzir a dependência do ‘velho continente’ face a tecnologias produzidas na China e nos EUA. “(…) em 2030, a produção de semicondutores avançados e sustentáveis na Europa, incluindo processadores, deve representar 20% do total do valor produzido em todo o mundo” é a ambição expressa no documento da União Europeia a que a Reuters teve acesso.
O bloco europeu traça um plano onde coloca a União Europeia num lugar de destaque na produção de componentes que irão equipar carros conectados, smartphones, dispositivos inteligentes, sistemas de Inteligência Artificial ou computadores de elevado desempenho.
O plano detalhado vai ser apresentado hoje e inclui recomendações para maiores investimentos nas tecnologias quânticas, que permitam acelerar a investigação de novos medicamentos ou acelerar a sequenciação do genoma. Em 2025, a Europa deve conseguir ter o seu primeiro computador com aceleração quântica.
O documento prevê a existência de 10 mil instalações neutras em termos climáticos que ajudem o continente a ter a sua própria infraestrutura na cloud e duplicar os unicórnios, empresas avaliadas em mais de mil milhões de dólares, até 2030. A expansão da cobertura de 5G, bem como todos os lares cobertos por rede Gigabit também até 2030 são outros dois objetivos deste plano. O documento ainda carece de aprovação do Parlamento Europeu para poder começar a ser implementado.