A ideia do Projeto Loon tinha tanto de inovador como de incrível: a Google pretendia utilizar frotas de balões que permitissem assegurar cobertura de Internet rápida em regiões mais remotas. Aquilo que era um projeto, incubado há nove anos, virou uma spinoff da Alphabet há dois anos e meio e está agora a chegar ao fim. A Alphabet, dona da Google, revela que não conseguiu criar um modelo negócio sustentável e não encontra parceiros para manter a iniciativa ativa.
O pico de atenção para o Loon foi quando os balões foram usados para restabelecer serviços celulares depois de uma intempérie em Porto Rico há três anos. No ano passado, o governo do Quénia aprovou a utilização destes balões para fornecimento de serviços comerciais de conectividade e o projeto teve sucesso em poucos meses. Em 2019, a Loon conseguiu um investimento de 125 milhões de dólares do SoftBank para conseguir “trazer conectividade não servidas e mal servidas em todo o mundo”.
O Tech Crunch lembra que a Amazon e a SpaceX que passaram a estar interessadas neste segmento também podem vir a enfrentar algumas dificuldades.
O diretor executivo da Loon, Alastair Westgarth, sublinha que a empresa tentou resolver o problema mais complexo da conectividade que é ligar o último milhar de milhão de utilizadores, lembrando que era pretendido conectar pessoas em áreas bastante remotas e entregar serviço em zonas onde é demasiado dispendioso chegar com tecnologia. O executivo diz que foram encontrados vários parceiros com vontade de colaborar, mas que “não se encontrou uma forma de baixar os custos o suficiente para construir um negócio sustentável a longo prazo”.
A Alphabet planeia usar muita da tecnologia que foi criada e desenvolvida com a Loon para outros projetos e iniciativas, como já está a acontecer com o Project Taara