Jeffrey Epstein morreu em agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento das acusações de ter montado um esquema de tráfico sexual de menores. A alegada cúmplice de longa data, Ghislaine Maxwell, estava desaparecida e só foi localizada pelas autoridades por ter usado um telemóvel para comunicar com a advogada, a filha e o marido, pode ler-se num documento do tribunal a que o Daily Beast teve acesso.
Maxwell teve uma relação com Epstein na década de 1990 e terá sido cúmplice no tráfico de menores. O mandado de busca que as autoridades tinham autorizava o acesso a dados de GPS e do histórico de localização do telefone que é descrito como “G Max”. O FBI pediu uma autorização suplementar para usar um dispositivo, do tamanho de uma mala, para enviar e receber sinais para os telemóveis nas proximidades. O método é controverso porque dá às autoridades informação sobre os telefones e utilizadores próximos daqueles que estão a ser monitorizados. O professor Alan Woodward, da Universidade de Surrey, expressa a preocupação de “o que acontece aos dados [dos outros telefones] é incerto. No entanto, presumindo que são necessárias algumas medidas para se localizar um telefone, não deve ser necessário reter dados dos telefones que não estão a ser alvo”. O especialista reforça que não é claro como as forças das autoridades usam esta tecnologia e o que fazem aos dados recolhidos.
Ghislaine Maxwell vai começar a ser julgada em julho e, por duas vezes, viu o pedido de fiança ser recusado. As acusações que recaem sobre a mulher passam por angariar menores que depois eram vendidas e exploradas por Epstein.