O Alphabet Workers Union começou por ser um grupo informal de funcionários mais ativistas e agora é um sindicato destinado a proteger os trabalhadores de despedimentos ou outras formas de retaliação. O sindicato vai fazer parte do Communications Workers of America, que representa a força laboral das operadoras de telecomunicações Verizon e AT&T e irá recolher 1% do total da compensação de cada membro.
Este grupo é um ‘sindicato de minoria’ e não vai ter capacidade de obrigar a empresa a negociar coletivamente em temas como salários ou outros. Nesta posição, a Alphabet pode decidir ignorar as exigências deste grupo até que exista uma maioria de funcionários a apoiar o sindicato. O Alphabet Workers Union decidiu aceitar também os que trabalham para a tecnológica em regime de terceiros, ou seja, que trabalham para empresas contratadas pela Alphabet, noticia a Reuters.
Chewy Shaw, vice-presidente do sindicato agora criado, explica que pequenas minorias têm vindo a protestar nos últimos anos a pedir igualdade e práticas de negócio mais éticas, com algum sucesso. Essas ações levaram a Google e outras empresas a ajustar políticas, abrir investigações e mudar práticas. Agora, o sindicato pretende continuar a manifestar-se, mas com mais recursos e com uma estrutura melhor, de forma a conseguir mais resultados.
Recorde-se que estão a decorrer investigações nos EUA sobre eventuais retaliações que a Google tenha feito contra trabalhadores que se manifestaram. Essas retaliações passaram por questionários ilegais e, em última instância, no despedimento dos funcionários. A Google, por sua vez, está confiante de que agiu sempre dentro da lei.