O estudo mais recente da consultora IDC mostra que os videojogos geraram mais receitas durante o período de confinamento e pandemia do que o cinema global e o desporto nos EUA e Canadá juntos. Além do maior interesse da comunidade nos jogos em comprar novos títulos e passar mais tempo em frente aos ecrãs, importa lembrar que a indústria do cinema e do desporto sofreram grandes reveses neste período. Salas de cinema e estádios ou recintos desportivos encerrados afastaram necessariamente o público, o que conduziu a quebras significativas de faturação. O cinema deve gerar 100 mil milhões de receitas e o desporto na América do Norte representa 75 mil milhões de dólares
Com milhões de pessoas a estarem obrigadas a estar em casa durante grande parte do ano, as receitas da indústria dos videojogos devem ascender aos 179,7 mil milhões de dólares este ano, segundo o estudo da IDC citado pelo Business Insider, que conclui haver um aumento de 20% na faturação. Um estudo semelhante do NPD Group, por sua vez, mostra que quatro em cada cinco de todos os consumidores dos EUA jogaram pelo menos uma vez nos últimos seis meses.
Em termos de dispersão etária, a IDC revela que o crescimento mais surpreendente aconteceu na faixa entre os 35 e os 54 anos, com o subgrupo de consumidores entre os 45 e os 54 anos a ter um aumento de 60% no tempo passado a jogar.
No que toca a jogos especificamente, o estudo salienta o fenómeno de sucesso de Animal Crossing: New Horizons, que vendeu mais de 26 milhões de cópias entre 20 de março e 30 de setembro. O entusiasmo da comunidade em torno das consolas de nova geração da Sony e da Microsoft, que ainda estão esgotadas em praticamente todo o mundo, também ajuda a explicar as receitas desta indústria. Quando a PlayStation 5 e a Xbox Series X estiverem ao alcance de todos, é expectável que os videojogos continuem a crescer e a dominar.
