A entidade protetora dos dados na Bélgica considera que a Google falhou em cumprir a remoção de links pedida por um cidadão belga famoso e cujo nome não foi revelado. O notável terá pedido à Google que apagasse as ligações a notícias que o conotavam com queixas de assédio e classificações políticas com as quais não se revia e que considera que não o representam.
Os pedidos de remoção foram submetidos ao abrigo do ‘direito ao esquecimento’ que prevê que qualquer pessoa possa solicitar que sejam apagados os links de notícias nos motores de pesquisa que se prove que fazem representações falsas ou inadequadas e que prejudiquem a sua reputação. Caso se prove que a informação está correta e se considere que se trate de interesse público, o pedido de remoção pode não ser respeitado, embora tenha de se comparar quanto aos direitos à privacidade de cada um.
A entidade belga considera que “a Google revelou uma quebra séria” ao recusar o direito ao esquecimento de um cidadão nacional e que as ações da empresa foram “particularmente negligentes”, cita a Cnet. “Uma vez que os factos não foram provados, são antigos e terão provavelmente sérias repercussões para o queixoso, os direitos e interesses da pessoa devem prevalecer”, sentencia aquele organismo.
A Google contestou a multa de 600 mil euros e reagiu dizendo que vai recorrer da decisão.