A Phone House iniciou junto da justiça um Processo Especial de Revitalização com o objetivo de salvar o negócio perante dívidas que, segundo fontes anónimas, deverão ascender a 10 milhões de euros, noticia o Eco. Atualmente, a cadeia de lojas especializadas na venda de telemóveis e acessórios está sob administração de um gestor judicial, que foi designado pelo Juízo de Comércio de Sintra, do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.
Segundo o jornal especializado em questões económicas, a Samsung detém 10% dos créditos relativos à alegada dívida de 10 milhões de euros. A Huawei também é mencionada na lista de credores, mas não é referida a fatia da dívida a que tem direito. A percentagem devida aos bancos será reduzida, pelo que os dados recolhidos até à data levam a crer que são os fornecedores os principais credores das dívidas da Phone House, que conta atualmente com 100 lojas dispersas pelo País.
Com a designação de um administrador judicial, segue-se a definição de um plano com vista à recuperação da empresa, que permita o pagamento das dívidas. Entrega de capital da empresa aos credores, venda de ativos, reestruturação da empresa ou perdão da dívida são as opções mais comuns que costumam ser acionadas durante os processos de PER.
A Phone House, que foi comprada em 201 pela Digital Place, já confirmou as dificuldades financeiras. O confinamento ditado em 2015, que forçou o encerramento de lojas temporário, terá dado o ultimo golpe no negócio.
“Após uma reestruturação que resultou em dois períodos consecutivos com melhoria de performance, a situação financeira da empresa agravou-se no último ano, em virtude de vários fatores, dos quais se destacam um mercado bastante competitivo, num regime promocional com bastantes campanhas/publicidade, a maior presença de operadores com lojas próprias e que no curto prazo penalizou o negócio”, justificou a Phone House, em declarações enviadas para o Eco.