As receitas da Samsung no primeiro trimestre do ano desceram 7,6% face ao registado nos três meses anteriores. A fabricante sul coreana obteve um lucro operacional de 5,3 mil milhões de dólares no período em questão. A quebra na procura de ecrãs e nos aparelhos de eletrónica de consumo é a principal razão para este desempenho.
A pandemia atual vai continuar a fazer sentir os seus efeitos durante 2020: a Samsung prevê um aumento nas vendas de memórias, computadores e servidores, à medida que os consumidores se mantêm em regime de teletrabalho ou a estudar a partir de casa. Em sentido inverso, a procura por smartphones ou televisores deverá registar uma quebra, avança o Tech Crunch.
No segmento das memórias, a Samsung está a prever um aumento causado pelo facto de os consumidores passarem mais tempo em casa e pela necessidade de mais serviços de streaming. As empresas de serviços na cloud e de centros de dados vão originar mais procua e a fabricante pretende acelerar a transição para DRAM 1Z-nm e para a sexta geração de memórias flash V-NAND.
Mesmo com estas projeções, a Samsung sublinha que é difícil estimar o impacto da Covid-19 no segundo semestre de 2020. A empresa vai realizar investimentos flexíveis e ajustar a seleção de produtos disponíveis para poder estar melhor posicionada. O lançamento de produtos premium, como novos Note ou aparelhos com ecrãs flexíveis, deve continuar a acontecer, como forma de reagir à concorrência. Outro vetor da aposta passa por expandir a tecnologia 5G para mais mercados. Por fim, a estratégia da Samsung integra a melhoria da capacidade de vendas online e a personalização de ofertas, promoções e operações de logística para as diferentes geografias.