As autoridades de vários paises e os rivais acusam o Facebook de ter chegado à posição dominante que hoje ocupa através de várias táticas anticompetitivas e métodos ilegais. A Snap, dona do Snapchat, tem recolhido e arquivado «há muitos anos» um dossier com várias movimentações menos lícitas que o Facebook terá feito contra o seu negócio.
O Wall Street Journal explica que o documento tem instâncias em que influencers foram desencorajados de mencionar o Snapchat nas suas publicações e a Snap desconfia que o Facebook também suprimiu conteúdo publicado na sua plataforma e que estivesse a ganhar popularidade no Instagram. Recorde-se que o Facebook tentou comprar o Snapchat por duas vezes, ambas sem sucesso. Após as rejeições, o Facebook começou a lançar funcionalidades muito semelhantes às que o serviço da Snap apresentava.
Os críticos apontam que o Facebook recorreu a abuso de poder no mercado e que trabalhou para esmagar, suprimir ou comprar os seus rivais diretos, como forma de consolidar a posição. Um exemplo que está a ser analisado é a compra da Onavo, uma startup israelita que fornecia um acesso via VPN. Após a compra por parte da empresa Zuckerberg, o tráfego feito pela Onavo passou a ser redirecionado pelos servidores do Facebook, onde foi registado e analisado. O serviço foi descontinuado em 2018, cinco anos após a compra.
A maior rede social conta com mais de dois mil milhões de utilizadores e sabe estar a ser investigada por vários organismos, como o Congresso dos EUA, o Departamento de Justiça ou a Federal Trade Commission, bem como pela União Europeia ou pelos reguladores australianos.