Jim Watkins, o atual dono da 8chan, disse recentemente num vídeo que o manifesto de ódio relativo ao massacre de El Paso não foi publicado originalmente pelo atirador no site. No vídeo, Watkins dá a entender que o manifesto foi primeiramente publicado na rede social Instagram e que só depois chegou ao fórum por via de terceiros. Desde que a polémica surgiu, o site perdeu suporte técnico de várias empresas, como a Cloudflare, Voxility e Tucows.
«Em primeiro lugar, o atirador de El Paso publicou na Instagram e não no 8chan», afirmou o dono do fórum, explicando que «só mais tarde é que alguém publicou o manifesto» na plataforma. «De qualquer das formas, o manifesto não foi publicado pelo atirador. Não sei se foi ele o autor, mas é claro que foi publicado por outro utilizador», concluiu no vídeo publicado no YouTube.
De acordo com a Cnet, esta terça-feira o Instagram defendeu-se contradizendo as afirmações de Jim Watkins, contando que desativou ainda, no sábado passado, uma conta suspeita de pertencer ao atirador, que, segundo a rede social, não era usada há mais de um ano. Uma porta-voz do grupo Facebook contou à mesma publicação que o Instagram tem estado a colaborar com as autoridades americanas.
Nesta terça-feira, a página oficial do Comité de Segurança Nacional americano publicou um documento que pedia a presença de Jim Watkins numa audiência com Bennie Thompson, um representante do Congresso e apoiante do partido Democrata originário do Missouri, e com Mike Rogers, um Republicano do Michigan. A carta justifica esta convocatória por ser «pelo menos o terceiro ato de extrema violência relacionado com a supremacia branca» ligado ao site 8chan.