O recorde era detido pela Índia onde se registou uma oferta em leilão de energia solar de 16,7 euros por MWh, mas ontem Portugal conseguiu baixar ainda mais para os 14,8 euros por MWh. O leilão contou com 64 empresas interessadas em garantir algum dos 22 lotes que concedem o direito de ligação na rede de 1400 megawatts (MW) de novas centrais solares. Em concurso estavam gigantes como EDP, Galp, EDF, Iberdrola, Finerge Voltalia, entre outros. As empresa portuguesas, ainda pouco expostas ao negócio solar, foram ultrapassadas pela concorrência internacional, explica o Expresso. A espanhola Iberdrola e a francesa Total Solar terão sido dois dos vencedores dos lotes que se propuseram adquirir.
Fontes do setor revelam que os operadores estão incrédulos com os preços historicamente baixos. O leilão começou na quinta-feira já com lotes ganhos a 20 euros por MWh. No dia seguinte, o mínimo foi para os 17,9 euros por MWh. Esta segunda-feira, os operadores tiveram mesmo de baixar mesmo as ofertas, levando alguns analistas a duvidar da rentabilidade destes projetos.
Os 1400 MW agora leiloados vão ser construídos no prazo de três anos, com multas de 60 mil euros por MW para quem não cumprir. Esta oferta será suficiente para cobrir apenas parte do consumo elétrico nacional durante o dia. A outra parte e o consumo noturno terão de ser alimentados com outras fontes produtoras, como a eólica, hídrica, centrais a gás natural, entre outras).
Para as famílias portuguesas, o benefício chega através da venda de lotes de energia durante 15 anos abaixo dos 50 euros por MWh praticados hoje em dia e pelo pagamento que os produtores vão fazer ao sistema elétrico pela energia produzida e que se pode traduzirt num desconto nas tarifas de acesso.