O governo inglês lançou um programa de integração os operários industriais, que podem vir a perder os empregos devido à substituição da mão de obra humana por maquinaria inteligente. O programa de reintegração laboral dá pelo nome de Esquema de Requalificação Nacional (em inglês, National Retraining Scheme).
O programa do governo será testado inicialmente em Liverpool e pretende dar suporte aos trabalhadores a fim de os ajudar a encontrar novas carreiras ou ganhar novas habilidades para se adaptarem ao mercado de trabalho em mudança.
e acordo com a BBC, a Oxford Economics, uma empresa que realiza análises financeiras e de mercado, revelou que em 2030 mais de 20 milhões de postos de trabalho podem ser repostos por robôs.
«Avanços como a Inteligência Artificial e automatização estão a transformar a forma como vivemos e trabalhamos, bem como a trazer grandes benefícios para a economia», disse o Secretário da Educação inglês, Damian Hinds. «Mas isto também significa que os trabalhos estão a evoluir e que algumas funções vão passar a fazer parte do passado», continuou, explicando que «o Esquema de Requalificação Nacional vai ser fundamental para ajudar trabalhadores cujos trabalhos estejam em risco a encontrar novos caminhos.»
Os dados da Oxford Economics indicam que há uma grande probabilidade de virmos a assistir a uma migração dos trabalhadores do setor da indústria para o setor dos serviços assim que a automatização dominar o setor secundário.
Em média, por cada robô instalado em regiões do Reino Unido com menos mão de obra qualificada vão haver o dobro dos despedimentos do que em regiões com maior número de pessoas com qualificações. Um fator que de acordo com a análise da Oxford Economics pode resultar num aumento da desigualdade económica e num aumento progressivo da polarização política.
À BBC, Alan Woodward, professor na área da ciência computacional da Universidade de Surrey, contou que «a automatização não chegou para tirar empregos às pessoas, mas sim para as libertar». Explicou que «tiramos mais proveito se as pessoas usarem os cérebros em vez de usarem as mãos – algo que as máquinas não conseguem fazer – é para aí que devemos caminhar.»