Ainda não há grande clareza sobre quais as licenças que vão ser emitidas e em que moldes irão operar, mas o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, afirmou que o governo se prepara para autorizar empresas que queiram fornecer bens à Huawei a fazê-lo, desde que não haja um risco para a segurança nacional. Já no mês passado Donald Trump tinha dito que as empresas americanas iam ser autorizadas a vender produtos à Huawei.
Wilbur Ross explicou que a intenção é evitar que as empresas americanas percam receitas para outras empresas estrangeiras que iriam aproveitar a oportunidade e negociar com a Huawei. No entanto, a mensagem não foi clara e não está definido o que é que não coloca em causa a segurança nacional aos olhos da administração de Donald Trump. Um especialista ouvido pela Reuters explica que «a única forma que a indústria tem para determinar onde está a linha é submeter a candidatura à licença e esperar que seja aprovada ou rejeitada».
A indústria dos semicondutores foi uma das primeiras a reagir à inclusão da Huawei na lista negra de Entidades, pedindo que pudesse continuar a vender itens não sensíveis e que a Huawei poderia facilmente comprar no estrangeiro.
Noutro contexto, Larry Kudlow, conselheiro da Casa Branca, tinha avançado que o enfraquecimento das restrições vai ser temporário e que a compra de peças, componentes ou sistemas por parte do governo à Huawei permanece fora da equação.
Recorde-se que os EUA acusaram a Huawei de roubar propriedade intelectual dos EUA, de violar as sanções impostas ao Irão e de ser um braço de espionagem ao serviço de Pequim.