O Estado vai dispender sete milhões de euros para a aqusição do SIRESP. O acordo foi conseguido na quinta-feira, depois de várias semanas de negociações. A Altice queria receber mais, reclamando dívidas de cerca de 12 milhões de euros, mas o valor final aprovado acabou por ser o correspondente a uma avaliação da empresa feita no ano passado. Quando o Estado entrou na SIRESP, SA, através da compra da Datacomp e da Galilei, o SIRESP foi avaliado em 10,5 milhões, pelo que o Governo agora estava disponível para pagar o correspondente a cada quota, com desconto de 10%, noticia o Público.
Segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, foi aprovado o diploma que «transfere integralmente as funções gestão, operação, manutenção e modernização e ampliação do SIRESP para a esfera pública e por consequência a estrutura empresarial». A ministra referiu ainda a «importância vital de garantir a interoperacionalidade das comunicações de emergência e segurança por meio de uma estrutura única». A partir de dezembro, o Estado toma o controlo, mas vai avançar já com o a nomeação de adminstradores públicos para o SIRESP.
Em abril, a SIRESP ameaçou cortar o sinal da rede satélite, que garante o funcionamento das comunicações de emergência quando a rede habitual falha. Esta rede já terá funcionado durante três mil horas desde setembro e recebeu um investimento de 12 milhões de euros na compra de antens satélite e geradores a gasóleo.
O secretário de Estado do Tesouro Álvaro Novo, que tratou da negociação, refere que a compra «defende o interesse público, nomeadamente quanto ao bom funcionamento da rede de comunicações de emergência e segurança, e é feita em termos que permitem evitar disrupções no período mais crítico de incêndios».