Esta quinta-feira, a China entregou licenças de instalação da rede 5G a três grandes operadoras de telecomunicações chinesas e a uma cadeia televisiva. A notícia é dada pela Reuters, que avança que este poderá ser um momento crucial para a Huawei, devido ao prejuízo causado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que tem vindo a decorrer nos últimos meses, tem estado a causar à empresa chinesa.
De acordo com a agência de comunicação, em 2018 o governo chinês tinha já garantido a estas empresas uma pré-licença para a instalação desta tecnologia na China, se bem que o processo entraria em vigor apenas em 2020.
À agência de comunicação, a Huawei confirmou que até à data assinou 46 contratos para a comercialização da rede 5G em 30 países, tendo já exportado aproximadamente 100 mil estações base adaptadas a esta tecnologia.
«Continuamos preocupados que, caso o bloqueio comercial americano à Huawei possa continuar e, até, estender a outras empresas, atrase o processo de instalação em larga escala da tecnologia 5G na China», disse a Jefferies, uma multinacional financeira americana, num comunicado, sublinhando que «a tentativa chinesa de agilizar o processo não alivia o risco de haver um atraso na instalação desta tecnologia».
Apesar das opiniões dos analistas financeiros da Jefferies, a Reuters afirma que a China Mobile, uma das maiores operadoras de telecomunicações no país, tem planos para levar o serviço 5G a mais de 40 cidades chinesas até ao final de setembro deste ano.