A Huawei apresentou uma queixa no Tribunal do Distrito Oriental do Texas, alegando ilegalidade do Ato de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) que desde março baniu a marca chinesa dos concursos federais e estaduais dos EUA. A Huawei considera que a interdição comercial é inconstitucional. O tribunal americano deverá confrontar os representantes da Huawei e dos órgãos políticos dos EUA em setembro, informa a Reuters.
O NDAA foi aprovado pelo Congresso (que reúne Senado e Câmara dos Representantes) dos EUA. Foi o primeiro revés legal que marcas chinesas como a Huawei registaram em Terra do Tio Sam. A meados de maio, o presidente dos EUA Donald Trump haveria de assinar uma ordem executiva com vista a banir todas as fornecedoras de tecnologias que tivessem sido consideradas potenciais ameaças para a segurança nacional.
Em paralelo com esta ordem presidencial, o Departamento de Comércio listou várias marcas de tecnologias estrangeiras – entre elas a Huawei – que não cumpriam os requisitos de segurança exigidos para entrarem em concursos de compra de equipamentos que tenham sido promovidos entidades estatais.
Song Liuping, o diretor com a pasta dos assuntos jurídicos na Huawei, lembrou que não é só a marca chinesa que está em causa com as interdições aprovadas pela presidência e pelo Congresso dos EUA. Nas contas da Huawei, estas restrições deverão afetar mais de 1200 fornecedores de tecnologias e mais de três mil milhões de consumidores dispersos pelo mundo.
«Hoje, é com as telecomunicações e a Huawei, amanhã poderá ser com a vossa empresa, a vossa indústria ou os vossos consumidores», avisou o responsável da Huawei, citado pela Reuters.