Os presidentes do Peru (Martin Vizcarra), Colômbia (Ivan Duque), Equador (Lenin Moreno) e da Bolívia (Evo Morales) não concordam com a decisão do ICANN que garantiu à Amazon os direitos exclusivos para explorar o domínio .amazon. Estes quatro líderes alegam que se trata de uma governação inadequada da Internet e prometem unir esforços para reverter esta decisão. Os responsáveis políticos alegam que devia ter sido dada prioridade à região gráfica (Amazónia que se traduz para Amazon em inglês) e a exploração do domínio não devia ser monopólio de uma empresa. O Brasil também lamentou a decisão do ICANN.
A Reuters lembra que, na semana passada, o ICANN (de Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), que monitoriza a atribuição de endereços de Internet, decidiu autorizar com um pedido da Amazon para o domínio .amazon. A empresa tinha pedido a exclusividade do domínio em 2012.
O comunicado dos quatro líderes considera que se abriu um precedente grave ao prioritizar os interesses comerciais sobre as considerações das políticas estatais, os direitos dos povos indígenas e a preservação da Amazónia. Por fim, os quatro presidentes explicam que os países da América Latina e das Caraíbas assinaram, em 2013, um documento onde se rejeitava a apropriação do nome Amazónia ou de qualquer outro nome que se referisse à geografia, história, cultura ou natureza da área sem o consentimento dos outros.