À data deste texto o valor de cada bitcoin estava em 4410.61 dólares (cerca de 3859 euros). Há cerca de uma semana, a famosa criptomoeda já havia depreciado para valores inferiores a 6000 dólares, mas só na quinta-feira retomou a tendência de queda. O padrão não é muito diferente daquele que os gráficos dos sites de câmbios de criptomoedas para os meses anteriores: depois de ter superado os 17 mil dólares a dezembro de de 2017, o valor das bitcoins foi descendo paulatinamente, com recuperações e estabilizações pelo meio, até chegar abaixo dos 5000 dólares. Será que a descida aos “infernos” já acabou?
A 15 de novembro, a Bitcoin Cash anunciou a cisão em duas diferentes criptomoedas, um movimento que alguns analistas creem ter sido responsável por muitas desvalorizações no setor. Em agosto de 2017, surgiu a Bitcoin Cash fundada por uma fação de dissidentes da Bitcoin que não estavam satisfeitos com a Bitcoin original. Agora, houve uma nova cisão, desta feita na Bitcoin Cash. As novas versões que vão surgindo não são compatíveis com as versões antigos. Atualmente existem então a Bitcoin original, a Cash ABC e a Cash SV. Neste momento, a versão ABC tem conquistado uma fatia maior de interessados.
No seu pico, a Bitcoin chegou a valer mais de 19 mil dólares, em novembro de 2017. Agora, a valer menos de cinco mil dólares, estamos perante uma quebra de 75% em apenas um ano, lembra a BBC. Durante o ano de 2018, as moedas digitais estiveram a valer entre seis e sete mil dólares.
Também a Ethereum tem seguido uma tendência semelhante à Bitcoin. A moeda caiu para menos de 155 dólares, uma quebra de 25% face à semana anterior e um novo mínimo desde julho de 2017.
Embora não haja nenhuma razão para as cibermoedas desvalorizarem em conjunto, trata-se de um setor afetado pela perceção de mercado, o que faz com que quebras significativas se repliquem rapidamente entre todos os players.