A Comissão Europeia acusa as grandes empresas digitais de explorarem o sistema económico para obter grandes lucros ao transferirem as suas sedes para países com baixas taxas de imposto. Para combater essa “evasão”, o organismo pan-europeu pretende instituir um imposto digital onde cobraria 3% das receitas dessas empresas.
Numa reunião entre ministros europeus, os representantes de alguns países mais pequenos como Luxemburgo e Malta mostraram resistência a este plano, pedindo uma solução internacional e de longo prazo. Mesmo o ministro alemão, noticia a Reuters, não apoiou claramente a medida, deixando no ar a possibilidade de Berlim também já não ser favorável, noticia a Reuters. O gigante europeu parece recear que o imposto possa afetar as empresas alemãs e que os parceiros internacionais possam retaliar, afetando também as exportações alemãs.
A Comissão Europeia estima obter receitas adicionais de cinco mil milhões de euros anualmente com este imposto. No entanto, esta medida seria apenas um plano de curto prazo, defendendo a Comissão a necessidade de se reformar o sistema fiscal, de forma a permitir um cálculo de impostos mais justo.
Caso este plano não avance rapidamente, algumas nações, como Espanha, pretendem avançar de forma independente, o que poderá enfraquecer o poder do mercado único europeu. «A ideia é apresentar o plano o mais rapidamente possível e fazer com que entre em efeito a partir de 2019», disse o ministro espanhol da Economia Ramon Escolano.