O eCall é acionado de cada vez que os sensores detetam um choque grave. O automóvel envia automaticamente informações como a localização, o sentido da marcha, o tipo de veículo e a hora a que o acidente aconteceu, diretamente para a linha do 112. Há ainda a opção de ativar o sistema manualmente, no caso de se tratar, por exemplo, de uma indisposição do condutor ao volante.
O Público cita o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, que considera a medida interessante mas que alerta que não vai ter impacto na diminuição do número de acidentes. Por outro lado, o presidente da associação Estrada Mais Segura, João Queiroz, lembra uqe uma das grandes vantagens do sistema é a georrefenciação. Esta funcionalidade vai ser possível com recurso aos satélites Egnos e Galileo. Para garantir a privacidade dos utilizadores, os fabricantes devem garantir que os dados pessoais «não são rastreáveis, nem esteja sujeitos a qualquer sistema de localização constante e que o conjunto mínimo de dados enviados pelo referido sistema incluia as informações mínimas necessárias para o tratamento adequado das chamadas de emergência».
As estimativas oficiais apontam para uma redução do tempo de resposta em caso de emergência de 50% nas zonas rurais e 40% para as zonas urbanas, o que deverá resultar em menos 1500 fatalidades por ano.
Hugo Palma, porta-voz da PSP, explica que o sistema está implementado em duas modalidades, com algumas marcas a encaminharem diretamente as chamadas para o 112 e outras a operar nas suas centrais próprias para receber os contactos e depois os reencaminhar para as linhas de emergência.
Uma vez que a entrada deste tipo de veículos no mercado vai ser gradual, não se prevê uma sobrecarga no fluxo de chamadas para o 112 nesta fase.