O diretor executivo da Symantec, Greg Clark, disse em entrevista à Reuters que vai passar a recusar os pedidos que chegam por parte dos governos para analisar o código fonte dos programas da empresa. O governo russo, por exemplo, tem intensificado a pressão sobre as empresas tecnológicas, exigindo ver o código fonte dos programas em troca de autorizações para que esses produtos possam ser vendidos na Rússia.
Clark explica que a Symantec continua interessada em vender o seu software em qualquer local do mundo, mas que não tem interesse em abrir “a porta” a qualquer um que queira perceber em detalhe como os programas funcionam. O executivo da Symantec reforça ainda que não obteve qualquer informação ou indício de que permitir que governos acedam ao código fonte tenha dado origem a ciberataques, mas que essa possibilidade existe. «Isto é segredo, ou coisas que é necessário defender», disse Clark.
A decisão de alterar a política também deve ter sido facilitada porque a Symantec não tem uma posição muito expressiva no mercado russo.
Alguns especialistas em cibersegurança já aplaudiram a decisão da Symantec, como Frank Cilluffo, diretor do Center for Cyber and Homeland Security na Universidade George Washington.