Caso os esforços de conter os discursos de ódio não sejam bem sucedidos, o organismo europeu prevê aprovar legislação nesse sentido. Neste momento, a Comissão Europeia apenas propôs um conjunto de recomendações que as tecnológicas devem seguir. Entre as instruções, as empresas devem devem ter um ponto de contacto anunciado com quem as autoridades possam interagir, caso se descubra conteúdo ilegal. Por outro lado, as tecnológicas devem permitir que terceiros, com experiência demonstrada em identificação de conteúdos ilegais, possam monitorizar os posts e mensagens com discursos de ódio. Uma terceira recomendação passa pelo investimento em tecnologias que possam automaticamente fazer a deteção deste tipo de materiais, explica o The Verge.
A CE pede que as tecnológicas façam mais para evitar o repost de conteúdos que já tinham sido censurados e que acelerem o tempo que demoram a eliminar mensagens e publicações assinaladas como impróprias. Segundo a Comissária Mariya Gabriel, neste momento, «a situação não é sustentável», com as empresas a demorarem mais de uma semana para atuar em mais de 25% dos casos assinalados.
A CE vai continuar a perseguir o tema, multando com valores astronómicos as empresas que não cumpram. Caso a situação não melhore, o organismo prevê mesmo aprovar legislação que obrigue as empresas a cumprir as directrizes.