A promessa foi feita por Dara Khosrowshahi em frente aos profissionais da Uber pouco depois de ser apresentado oficialmente como novo CEO: a empresa que gere a mais famosa aplicação alternativa aos serviços de táxi vai para a bolsa num período de 18 a 36 meses.
Travis Kalanick, o antigo CEO que liderou companhia até junho, era conhecido por cortar a direito – mas Dara Khosrowshahi, que nos últimos 12 anos liderou a Expedia, não deverá ficar atrás nesse ímpeto: «Esta empresa tem de mudar», disse o novo CEO na apresentação que fez aos profissionais da companhia, em São Francisco. A Reuters cita mesmo uma passagem em que o executivo não tem dogmas quanto à estratégia que levou a Uber, num passado recente, a ganhar o título de startup mais valiosa do mundo, com avaliações que chegaram a superar mais de 50 mil milhões de dólares: «O que nos trouxe até aqui não nos vai permitir passar para o nível seguinte».
Antes de aplicar a estratégia que levará a Uber a retomar o crescimento, Dara Khosrowshahi terá de refazer uma administração desfalcada pelas demissões causadas por polémicas relacionadas com assédio sexual. Na lista de cargos vagos figuram a direção financeira, direção de engenharia, um conselheiro geral e a presidência não executiva.
Em paralelo com o anúncio do novo CEO, o processo que levou à demissão de Travis Kalanick conheceu um novo desenvolvimento: a queixa apresentada por um dos acionistas da Benchmark Capital acabou por ser rejeitada por um juiz do estado de Delaware que considerou que o caso deveria ser resolvido com uma arbitragem entre os diferentes acionistas e membros da direção. O que promete gerar um momento de tréguas na disputa que os acionistas protagonizaram nos últimos meses.