As autoridades sul coreanas estão a investigar a ligação de várias empresas poderosas com o governo do país. A Samsung, responsável por cerca de um quinto do PIB da Coreia do Sul, pode estar ligada a esta polémica, principalmente pelas ações do seu vice-presidente Lee Jae-yong. O dirigente tem assumido o controlo da empresa desde que o seu pai, e presidente da Samsung, Lee Kun-hee, sofreu um ataque cardíaco em 2014. Jae-yong é acusado de ter depositado 38 milhões de dólares em quatro organizações de beneficiência que apoiavam a presidente Park e de ter recebido em troca favores por parte do governo, explica o Engadget.
Alegadamente, foi devido a estes donativos que o governo aprovou uma fusão avaliada em oito mil milhões de dólares entre duas empresas da Samsung, em 2015. A operação foi recebida com oposição por muitos dos intervenientes e acionistas, mas acabou por concretizar-se com o apoio do fundo nacional de pensões da Coreia do Sul.
«Nunca pedi a ninguém, nem à presidente, nada para a empresa ou para meu ganho pessoal», defendeu-se Jae-yong na sala do tribunal. O veredicto final deve ser conhecido a 25 de agosto e, se for provada a culpa, Lee Jae-yong pode enfrentar até 12 anos de prisão.