Em setembro, o contra-almirante Gameiro Marques vai assumir funções como diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança (GNS). O novo diretor-geral do GNS é o nome escolhido para suceder a Torres Sobral, confirmou hoje a Exame Informática junto do Presidência do Conselho de Ministros.

Gameiro Marques assume funções no GNS em setembro
Atualmente, Gameiro Marques desempenha o cargo de Secretário-Geral Adjunto do Ministério da Defesa Nacional. Com a nomeação agora confirmada, Gameiro Marques substitui Torres Sobral à frente do GNS.
Torres Sobral foi designado no final de julho, pela Assembleia da República, como membro da Entidade Fiscalizadora do Segredo de Estado.
Gameiro Marques é licenciado em Ciências Militares Navais, e desempenhou funções de Navegador em várias embarcações da Armada. Depois de uma especialização em comunicações, viria a formar-se em engenharia eletrotécnica e computadores na Naval Postgraduate School de Monterey, Califórnia, ainda nos anos 1980. Durante grande parte da década de 1990 desempenhou funções de desenvolvimento e manutenção de software dos sistemas de combate de fragatas da Marinha Portuguesa.
Desde essa data, sucederam-se várias missões e cargos desempenhados na área das tecnologias: Modernização e Automatização das Estações Radionavais; representação de Portugal junto dos organismos da NATO que são responsáveis pelas tecnologias de informação e comunicação; já promovido a contra-almirante desempenha em 2009 o cargo de diretor de tecnologias (CTO) da Marinha. Em 2013, é nomeado para o cargo que ainda ocupa na secretaria geral do Ministério da Defesa Nacional.
A experiência ganha em assuntos que combinam tecnologias e defesa nacional poderá revelar-se um trunfo especialmente útil na gestão do GNS. Entre as incumbências do GNS figuram a atribuição de certificações de profissionais e instituições de segurança, bem como dos procedimentos e sistemas de envio e tratamento de informação classificada dentro e fora de Portugal.
O GNS é ainda responsável pela atribuição e fiscalização dos certificados digitais do Estado, que permite que os diferentes organismos da Administração Pública possam emitir os mais variados documentos em formato digital. Dentro das incumbências do GNS figura ainda o Centro Nacional de Cibersegurança (CNC), que foi constituído em 2014, como força operacional de reação a ciberameaças às principais infraestruturas do País.
Em termos de orgânicos, o GNS é tutelado diretamente pelo gabinete do primeiro-ministro.