![cabify (1).jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/9007637cabify-1.jpg)
A Cabify, uma das apps concorrentes da Uber, começa a operar hoje em Lisboa. O novo serviço, que tem vindo a ser explorado por uma empresa sedeada em Espanha, deverá estrear hoje com duas modalidades (Light e Executivo) com custos que variam apenas consoante as distâncias percorridas, independentemente do tempo de cada viagem.
A Cabify fez saber que vai cobrar 1,12 euros por quilómetro, com um custo mínimo de 3,35 euros, informa o Observador.
A concorrência com a Uber é notória – mas é do lado das centrais de táxis que se vislumbram as reações negativas ao novo serviço. Nos dias que antecederam a apresentação da Cabify (que está agendada para hoje), os representantes de taxistas e empresas de táxis fizeram saber que não veem grandes diferenças entre a nova aplicação e a Uber. O que poderá abrir caminho a um novo processo nos tribunais, confirma hoje Florêncio de Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), em declarações reproduzidas pela Renascença. Na semana passada, o mesmo Florêncio de Almeida já se havia pronunciado sobre o assunto quando inquirido pelo Observador: «Vejo isto com preocupação, tal como vejo a Uber e outras que hão de aparecer. Não são só estas. Ou isto é regulamentado ou torna-se uma concorrência infernal».
A Federação Portuguesa do Táxi (FPT) também não hesitou em considerar ilegal o novo serviço de requisição de véiculos com motorista. As duas associações de táxis não poderão contar com o apoio da Uber que já fez saber que vê o aumento da concorrência como um sinal auspicioso nas reivindicações em torno da desregulação do setor, mas estão na expectativa quanto à posição que o Governo poderá vir a tomar sobre o assunto.
Atualmente, a Uber está em operações, apesar de uma providência cautelar interposta pela ANTRAL. A posição do governo é sintomática dos tempos que correm: por mais de uma vez, foi revelada predisposição para rever os regulamentos que vigoram na atividade dos táxis, mas hoje, vários órgãos de comunicação social portugueses lembram que José Mendes, Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, já terá revelado dúvidas quanto à legalidade de serviços como a Uber e Cabify, sublinhando que considera que as várias empresas que operam nesta área têm de cumprir requisitos idêncticos.