
O FBI e a Administração Nacional da Segurança do Tráfego das Autoestradas dos EUA (NHTSA) aconselharam os consumidores a tomarem medidas que evitem ataques de hackers a automóveis. As duas entidades recordam que a invasão tecnológica e conexão com as redes de telecomunicações tornaram os carros cada vez mais vulneráveis a eventuais intrusões ou ações maliciosas.
«O FBI e a NHTSA alertam o público e fabricantes – de carros, componentes de carros e do mercado pós-venda – para terem cuidado com potenciais problemas e a ameaças de cibersegurança que estão relacionadas com tecnologias dos carros conectados», refere o comunicado das duas entidades, citado pela Reuters.
A avaliar pelo comunicado divulgado ontem, os métodos de ataque aos carros mais tecnológicos poderão não ser muito diferentes daqueles que já se vulgarizaram nos computadores pessoais. O envio de e-mails forjados, que tentam levar os condutores a clicarem em endereços ou abrir ficheiros anexos que descarregam códigos maliciosos para o sistema do automóvel. Nestes casos, os hackers poderão tentar ludibriar as vítimas anunciando o lançamento de um novo upgrade de qualquer módulo de software do veículo.
FBI e NHTSA não estão sozinhas nas iniciativas de prevenção do cibercrime contra automóveis: A Alliance of Automobile Manufacturers e a Association of Global Automakers, as duas maiores representantes das marcas de automóveis nos EUA, lançaram, durante 2015, um centro que tem como objetivo analisar potenciais vulnerabilidades, e fomentar a partilha de informação entre consumidores e fabricantes de carros.
Alguns casos mais recentes confirmam que os ataques de hackers podem tornar-se mesmo uma ameaça: A Fiat Chrysler recolheu 1,4 milhões de carros nos EUA depois de a Wired ter mostrado como é que um hacker consegue assumir o controlo de um veículo. Também a General Motors teve de lançar uma atualização de segurança, depois de descobrir que era possível assumir o controlo do carro híbrido Volt, através de uma app de telemóvel.