
Em 2013, a PSP registou 12.080 queixas de roubo ou furto de telemóvel. Em 2014, deram entrada nas esquadras da PSP 13.850 queixas de telemóveis usurpados com ou sem recurso à violência. No total, o volume de queixas registou um crescimento de 14% de um ano para o outro nas áreas urbanas do País (as áreas em que a PSP opera e que agregam a maior parte da população nacional).
A PSP lembra que o aumento do número de queixas poderá estar relacionado com a proliferação de dispositivos pelos vários segmentos da sociedade, o que leva também a um aumento da probabilidade de usurpação. Para compreender melhor esta análise, há ainda que recorrer à distinção entre furto e roubo: o furto não implica violência; o roubo pressupõe violência, ameaça ou coação (o título deste texto aglutina furtos e roubos por uma questão de simplificação da mensagem). «Registamos um aumento algo acentuado de furtos de telemóvel. Isto é, sendo o furto efetuado com astúcia, sem violência e sem que a vítima dê conta. Também reconhecemos que o “boom” da proliferação dos smartphones contribui de forma inegável para este aumento, não significando estes dados um aumento da insegurança», explica o gabinete de imprensa da polícia.
Em contrapartida, o total das queixas de roubo terá diminuído, recorda a PSP, dando a entender que estes casos também podem ser analisados de forma diferente: «num furto de um telemóvel/smartphone, o criminoso identifica perfeitamente como alvo o objeto que quer furtar. No roubo, é mais raro alguém efetuar um roubo a uma pessoa, com violência física, unicamente para lhe roubar o telemóvel/smartphone».