Nos EUA, Kim Schmitz continua a figurar na lista dos mais procurados por atividades de pirataria: no outro lado do Pacífico, o mesmo Kim Schmitz soma e segue com um portal de alojamento de ficheiros que dá pelo nome de Mega e que já soma mais de sete milhões de utilizadores registados.
A par do número de utilizadores, há mais um dado revelador do potencial deste arquivo digital que tem no sistema de encriptação um dos principais atrativos: A empresa que gere o Mega vai entrar na bolsa da Nova Zelândia.
Segundo a Reuters, a corretora TRS acaba de informar a bolsa neozelandesa de que chegou a acordo com os proprietários da Mega para uma emissão e troca de ações, que na prática resulta numa fusão das duas companhias. O acordo prevê a atribuição aos proprietários da Mega de 700 milhões de ações da TRS a um valor 30 cêntimos neozelandeses por cada ação.
Depois desta transação, o capital da TRS será reduzido para um total de sete milhões de ações, e os acionistas da Mega passam a deter 99% da TRS. O negócio deverá ficar concluído no final de maio.
Num único tweet, Kim Schmitz resumiu a ascensão fulgurante do seu mais recente negócio, recorrendo à multiplicação de 0,30 cêntimos neozelandeses por 700 milhões de ações para chegar a uma estimativa do valor do Mega: «Indicted. Perseguido. Em liberdade condicional. Todos os bens arrestados sem julgamento. Mas não ficámos a chorar quando vamos dormir. Construímos com o #Mega uma companhia do 0 (zero) a 210 milhões (de dólares neozelandeses)».
Apesar do novo negócio, Kim Dotcom ainda não saldou as contas com a justiça: além da liberdade condicional e dos movimentos limitados, o fleumático cidadão alemão é também alvo de um pedido de extradição das autoridades dos EUA.