À primeira vista, os nomes da Amazon, Google ou GoDaddy têm tudo para serem credíveis – e é essa uma das razões que tem levado os hackers a procurarem os serviços de cloud computing destas três marcas como plataformas logísticas que redistribuem códigos maliciosos pelas mais variadas vítimas que circulam na Web.
A empresa de segurança eletrónica Solutionary traça um cenário pouco abonatório para as políticas de segurança dos serviços de cloud computing destas três marcas conhecidas: hoje, é na Amazon, Google e GoDaddy que se encontram os maiores servidores e alojadores de malware a operar na Internet.
Os peritos da Solutionary recordam que o hackers têm procurado os servidores de cloud computing das três conhecidas marcas com o propósito de garantir credibilidade e contornar as listas negras de endereços suspeitos dos sistemas de segurança e plataformas de antivírus.
A Solutionary recorda que o uso a tecnologias de cloud computing torna o combate ao cibercrime mais complexo: além dos sites e endereços que já estão classificados como suspeitos, os sistemas de segurança têm de encontrar métodos que permitam detetar serviços legítimos e credíveis (como os da Amazon ou da Google) que estão a ser usados pelo mundo do cibercrime.
Com o objetivo de garantir maior eficácia e escapar às malhas da lei, os cibercriminosos têm tirado partido da facilidade de criação de sites para lançar ou desativar sites que têm sido usados para atacar milhões de computadores e redes de empresas, revela uma notícia do The Guardian.
O relatório da Solutionary revela mais um detalhe curioso quanto à origem do malware: 44% dos códigos maliciosos provêm dos EUA – um valor bem acima dos 9% da percentagem de códigos maliciosos disseminados a partir da Alemanha, o segundo país que mais dissemina malware pelo mundo, segundo o relatório da Solutionary.