Até ao final de 2013 deverão ser vendidos 627 mil PC em Portugal, menos 17,9% que no ano passado. A confirmar-se a estimativa da consultora IDC, que a Exame Informática apresenta aqui em primeira-mão, é o quarto ano consecutivo em que se regista uma retração da procura neste segmento.
Os registos históricos da IDC revelam que a quebra prevista para 2013 ainda se mantém longe do valor recorde apurado em 2010 (menos 29% nas vendas de PC), mas indica que, em Portugal, a diminuição da procura foi mais acentuada que a quebra registada a nível mundial (cerca de menos 10,1%, valor considerado recorde).
Gabriel Coimbra, diretor da IDC para o mercado português e espanhol, relaciona a quebra das vendas com a procura de outras famílias de dispositivos: «Há uma tendência para o segmento do PC diminuir e perder importância, a curto prazo, devido à procura de tablets e smartphones. A longo prazo poderão aparecer novos dispositivos, como os óculos e os relógios inteligentes, que já começaram a ser trabalhados por várias marcas, e que poderão ganhar importância no mercado».
O responsável da IDC admite que a atual conjuntura económica também tenha dado o seu contributo para o decréscimo da venda de computadores pessoais.
Depois do ano com a maior quebra de sempre (2010, menos 29% de vendas, muito por força do fim da distribuição dos Magalhães nas escolas), seguiram-se mais três anos de contração da procura por PC: em 2011, registou-se uma quebra de 27%; em 2012, uma quebra de 17,7%; e em 2013, vai registar-se uma perda de 17,9%.
As estimativas da IDC revelam ainda que Asus, HP e Toshiba vão manter-se no top 3 das marcas de PC que mais vendem em Portugal. Esta previsão tem por ponto de partida vendas registadas no terceiro trimestre de 2013. Gabriel Coimbra acredita que este trio vai continuar a liderar o segmento até ao final do ano: «só não sabemos quem fica em primeiro, segundo e terceiro lugares, uma vez que as três marcas têm números de vendas muito próximos». Um tira-teimas para tirar durante o Natal.