A PC World contactou com James Clegg, um jovem de 29 anos que, a partir do Reino Unido, controla 13 sites que vendem seguidores para o Twitter e outras redes sociais. Clegg, nome fictício, explica que o maior lucro está nos seguidores falsos do Twitter e na venda de retweets também falsos: comprar mil seguidores custa cerca de 11 dólares. Os clientes para esta audiência falsa variam desde pequenas empresas, celebridades menores, comediantes, utilizadores à procura de fazer partidas, entre outros perfis. Os retweets ajudam estes compradores a legitimar o volume de seguidores que apresentam.
O negócio de Clegg começou com a compra de seguidores no Fiverr e a revenda para o eBay. No entanto, rapidamente os preços no site de leilões começaram a baixar e o jovem empresário decidiu começar a montar a sua própria operação. Para manter ativos os 13 sites de venda de seguidores, Clegg teve de investir bastante dinheiro na otimização para as pesquisas, SEO, e tentar evitar ser bloqueado pela Google. Este tipo de práticas pode ser considerado spam. «Num mês típico, tenho uma equipa de quatro construtores de links a tempo inteiro nas Filipinas, cada um a receber 150 dólares por semana», explica Clegg.
O sistema de Clegg inclui uma equipa de programadores sedeados na Índia que produzem e mantêm as contas falsas. As informações são recolhidas automaticamente por bots que depois compilam todos os dados, como a biografia, as fotos e o conteúdo publicado. Esta equipa consegue ainda criar perfis otimizados para o tipo de exigências do cliente. As principais reclamações surgem quando o esquema é descoberto e o Twitter elimina os perfis falsos dos seguidores e os clientes veem a sua audiência diminuir. A rede de microblogging consegue detetar e eliminar os perfis que tenham sido criados num prazo de 24 horas a partir do mesmo endereço de IP e suspender todas as contas que pareçam suspeitas.
Em dez meses, o negócio rendeu cerca de 130 mil dólares. Este vendedor arrecada 30% do que cobra aos seus clientes.