O presidente norte-americano Barack Obama e o presidente chinês Xi Jinping vão encontrar-se informalmente ainda nesta semana. As conferências sobre a segurança e os ataques informáticos devem começar no próximo mês de julho. No entanto, as autoridades dos EUA não esperam que o número de ataques chineses diminua a curto prazo.
Keith Alexander, diretor da NSA e um dos responsáveis pela cibersegurança dos EUA, considera que estes ataques produziram a maior transferência de riqueza da história da humanidade. Os roubos informáticos incluíram planos secretos de aviões a jato de próxima geração e até as plantas de pipelines de gás. O roubo de propriedade intelectual norte-americana vai ser um dos pontos principais das agendas destas conferências.
As autoridades chinesas insistem em manter a versão de que o governo chinês é mais uma vítima e não o mandatário destes ataques, noticia o New York Times. Apesar destas alegações, o Pentágono conseguiu recolher informações de que os ataques foram realizados pela Unidade 61398, com ligações ao Exército de Libertação Popular. Os chineses pretendem evitar que os EUA usem sistemas informáticos complexos como os que foram usados contra o programa nuclear iraniano.
Nenhuma das duas potências parece estar preparada para admitir que realiza operações de ciberespionagem, nem para parar estas operações a breve prazo. O consenso pode passar por definir alvos que nenhuma das partes ataque, como por exemplo, as instalações elétricas, para evitar que sejam produzidos danos irreparáveis e que possam causar bastante prejuízo.