Depois de garantir uma extensão de cinco anos para a parceria com a Universidade de Carnegie Mellon (CMU), a FCT está em vias de limar as últimas arestas para a renovação das parcerias com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e a Universidade de Austin, Texas.
Miguel Seabra, presidente da FCT, prevê que a renovação das parcerias por um segundo período de cinco anos deva estar fechada ainda em novembro. O arranque da segunda fase das parcerias com as universidades americanas está agendado para o início de 2013. «Tivemos de proceder a uma renegociação das parcerias com estas universidades. Este foi um dos “contras” do parecer dado pela Academia da Finlândia, que considerou muito elevados os custos destas parcerias», lembra o responsável da FCT.
Com base na avaliação externa realizada pela Academia da Finlândia, a FCT prevê reduzir para cerca de um terço os custos das parcerias com as universidades americanas. Segundo os cálculos de Miguel Seabra, o estado português deverá pagar cerca de 10 milhões de euros anuais durante a extensão das parcerias com as Universidades de Carnegie Mellon, Austin e MIT. Na primeira fase, que está a terminar, as parcerias com estas três universidades custaram ao Estado cerca de 30 milhões de euros anuais.
Além da redução de custos, as parcerias também vão sofrer uma reformulação no que toca aos objetivos. Em vez de terem por prioridade a formação de doutorados e mestrados, as parcerias vão passar a privilegiar a formação desses mesmos estudantes no âmbito de «projetos que envolvem empresas e universidades e que têm por objetivo a solução de problemas concretos da sociedade», explica Miguel Seabra. O líder da FCT acredita que através de um modelo de cofinanciamento, que junta a FCT, as universidades estrangeiras e empresas, será possível manter, durante a segunda fase, um número de estudantes similar ao que hoje participa nas parcerias com as três universidades americanas.
A parceria com a Universidade de Harvard, que acaba de entrar no quarto e penúltimo ano, também foi renegociada e reformulada. Neste caso, a FCT prevê reduzir os custos da parceria em 50%, concentrando as atividades na área da investigação clínica.