Na passagem pelo Mobile World Congress, Schmidt confirmou os rumores do passado que davam conta das negociações entre a Nokia e a Google, com vista à utilização do sistema operativo Android.
Apesar de classificar como um "erro" a escolha da Microsoft por parte da Nokia, o ainda CEO da Google (vai ser substituído em breve por Larry Page) não fecha as portas a uma futura aliança com a gigante finlandesa.
"Gostávamos que a Nokia adotasse o Android no futuro, e de certo modo essa ainda é uma hipótese em aberto", reiterou Schmidt, citado pelo The Telegraph.
Contrariamente ao esperado, o mercado não reagiu da melhor forma ao anúncio de que, no final de 2011, seriam lançados os primeiros smartphones com Windows Phone 7: entre o dia do anúncio (sexta-feira) e ontem o valor das ações da Nokia diminuiu cerca de 20%.
A comunidade de programadores do sistema operativo Symbian, que até há bem pouco tempo era apontado como uma das prioridades estratégicas da Nokia, também já deu sinais de se sentir defraudada pela aliança com a Microsoft.
Em causa está o facto de as duas companhias terem aceite não criar qualquer nível de compatibilidade entre o pacote de ferramentas Qt (usado na produção de apps para o Symbian) e o Windows Phone 7.
A Nokia já garantiu que vai continuar a lançar smartphones Symbian durante os próximos dois anos – o que não chegou para sossegar os programadores que receiam ficar desatualizados e perder um filão tecnológico.
Em declarações reproduzidas pela Wired, o programador Andres Kruse dá uma ideia do atual estado de espírito de quem se especializou a produzir aplicações com o Qt: "Os programadores sentem-se escandalizados porque sentem que foram traídos e que foram vendidos à Microsoft".
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