A Nintendo conseguiu uma vez mais surpreender meio mundo com uma consola de formato inovador com comandos com deteção apurada de movimentos e um sistema de vibração do tipo háptico. Ainda é cedo é para se saber se a Switch vai conseguir repetir o sucesso da Wii original, mas é evidente que o fabricante japonês está a tentar repetir a fórmula, pelo menos em parte, com uma forte componente de inovação no formato e nos comandos. Como é habitual, a Nintendo Europa não tem por hábito indicar preços recomendados, mas considerando os valores dados para outros mercados, a Switch deverá ter um preço base de 299 euros.
Fazer diferente
A grande inovação está no formato, que permite usar a Switch com consola doméstica, ligada a um televisor via uma docking station, ou como consola móvel, assemelhando-se a um tablet. E mesmo neste último modo há diferentes formas de controlar os jogos graças aos comandos destacáveis sem fios que permitem, por exemplo, colocar a Switch em cima de uma mesa enquanto jogamos. Dependendo dos jogos, os dois comandos Joy-con podem funcionar como um único joypad para um jogador ou como dois comandos em modo multijogador. O que vem reforçar a componente mobilidade: num volume pouco maior que um tablet de 8 polegadas levamos uma consola e dois comandos que, como seria de esperar da Nintendo, integram deteção de movimento.
Mas a inovação dos Joy-con não acaba aqui. O da esquerda tem um botão para fazer capturas de ecrã e o da direita é capaz de identificar Amiibos através da tecnologia NFC. Mais interessantes, ambos incluem capacidade para deteção de movimento com um nível muito apurado que deverá ser usada para criar experiências inovadoras nos jogos. A Nintendo usou a título de exemplo o clássico jogo tradicional “pedra, papel ou tesoura”, onde os Joy-con são capazes de identificar cada uma das opções através do movimento das mãos dos jogadores. Outro exemplo: dois jogadores podem os comandos para um jogo rápido de duelo com “pistolas” com os movimentos de “sacar, apontar e disparar”, sem sequer ser necessário olhara para qualquer ecrã,
Os comandos têm ainda um sistema de vibração definido como HD na medida em que o jogador será capaz de, por exemplo, sentir não só se alguém colocou gelo num copo, mas também quantas pedras de gelo foram colocadas.
Resolução muda para poupar bateria
Logo que o projeto Switch foi anunciado se levantaram dúvidas sobre a autonomia e resoluções dos jogos. Pela informação apresentada, tudo aponta para duas resoluções base diferentes. Em modo móvel, a resolução será de 720p, o que deverá ser mais do que suficiente para alimentar com qualidade o ecrã com pouco mais de seis polegadas, que é tátil e, de modo a garantir uma melhor reação ao toque, capacitivo – a Wii U usa um ecrã resistivo. A autonomia deverá variar entre 2h30 a 6h e também é possível carregar por porta USB Tipo C, o que evita o transporte da docking.
Quando ligada à docking, desaparecem as restrições energéticas, o que permite “acelerar” o processador e usar uma resolução mais elevada (1080p).
Mais de 80 jogos
Este é o número de títulos que estarão de desenvolvimento para a nova plataforma, que vai contar, logo no dia de lançamento, com uma das grandes apostas da marca japonesa: Zelda: Breath of the Wildi, um jogo de ação-aventura que decorre um mundo aberto. A riqueza gráfica deste título permite verificar as potencialidades da Switch.
Super Mario Odysse (vídeo em baixo) foi outro dos títulos em destaque na apresentação da Nintendo. Neste jogo, Mario sai do reino por onde normalmente anda e entra em cidades com um aspeto realista, aparentemente inspiradas em grandes cidades reais.
Os fãs de RPG vão ficar contentes com o anúncio de Xenoblade Chronicles 2 (vídeo abaixo). Também houve espaço para anúncios de outras produtoras, com destaque para FIFA da EA e Skyrim da Bethesda.