As funcionalidades e melhorias trazidas por soluções como a Inteligência Artificial (IA) do Copilot e o ChatGPT estão cada vez mais a entrar na rotina dos utilizadores, que confiam nos assistentes para executar as tarefas mais repetitivas e mundanas, libertando tempo para as que exijam maior destreza mental. Agora, um estudo liderado por investigadores da Microsoft e feito em parceria com a Universidade de Carnegie Mellon revela que uma dependência e confiança excessiva nestes modelos podem impactar negativamente a capacidade de pensamento crítico e levar à deterioração de capacidades cognitivas.
O Windows Central cita um parágrafo do trabalho, no qual se lê que “uma grande ironia da automação é que ao mecanizar tarefas rotineiras e deixar as exceções para o utilizador humano, estamos a privar o utilizador das oportunidades rotineiras de praticar o seu julgamento e fortalecer a sua musculatura cognitiva, deixando-o atrofiado e mal preparado quando as exceções surgirem”.
O estudo teve em conta cenários de utilização de IA no ambiente de trabalho e revela que os trabalhadores que usavam estas ferramentas no quotidiano mostravam mais dificuldades em lidar com cenários onde tivessem de usar o pensamento crítico.
Alguns utilizadores nas redes sociais, nomeadamente no Reddit, têm levantado preocupações semelhantes, havendo relatos como “perdi algumas células cerebrais” ou “posso ver que o ChatGPT vai tornar-nos mais burros à medida que usamos IA sem pensar e sem usar o cérebro”. Outra consequência negativa que tem vindo a ser discutida é a perda de criatividade e de pensamento crítico, com os utilizadores a virarem-se, por exemplo, para o ChatGPT para obter satisfação e respostas imediatas.