Nos dias que correm, o telefone de Jorge Andrade Santos, da Altice Portugal, tem tocado mais vezes fora de horas do que é habitual. Um reflexo direto da importância cada vez maior dos cabos submarinos na economia mundial. É que só este ano já houve pelo menos dois grandes incidentes que obrigaram a equipa da estação de Carcavelos a trabalhos redobrados.
Um deles aconteceu ao largo do Quénia, quando um deslizamento de terras destruiu um cabo submarino. O outro aconteceu no Portão das Lágrimas, junto ao Iémen, no qual um navio à deriva partiu três importantes cabos submarinos. Apesar de nenhum deles estar diretamente ligado a Portugal, a rede mundial de cabos submarinos – caminhos que existem no meio dos oceanos e que ligam países e continentes entre si – está desenhada para que uns possam assumir o trabalho de outros em caso de acidente.