Quando alguém se regista no TikTok é como se fosse uma folha em branco para a plataforma e o seu algoritmo de recomendação de conteúdos. Mas não fica assim por muito tempo. Logo ali, as interações do utilizador com os primeiros vídeos começam a definir o que verá daquele momento em diante. Quanto mais usar o TikTok, mais o TikTok conhece o utilizador.
Isto é igualmente verdade para outras plataformas – como o Instagram, o YouTube ou até a Netflix –, mas a forma como o TikTok está construído – vídeos de curta duração, consumo de publicações em maior volume e um sistema de recomendações que amplifica conteúdos sem que haja ligação direta entre os utilizadores – cria a sensação de que sabe melhor do que ninguém como prender a atenção das pessoas ao smartphone. É este conhecimento, que não é mais do que uma análise estatística e probabilística dos gostos de cada pessoa que têm por base métricas de interação (e um empurrãozinho aqui e ali), que tem feito do TikTok um fenómeno quase sem precedentes no mundo das redes sociais. Foi chegar, ver e vencer.