O diretor executivo (CEO) da DuckDuckGo explica o raciocínio por trás do Global Privacy Control, o novo padrão apoiado por tecnológicas, ativistas e editores: “Antes de hoje, se quiséssemos exercer os nossos direitos à privacidade, tínhamos de alterar as definições de site em site”. O novo standard permite que os utilizadores criem um conjunto de definições único no seu browser ou nas extensões e essas informações passam de site visitado em site visitado com a indicação de que os dados não devem ser partilhados ou vendidos. Entre os apoiantes da iniciativa já estão os jornais The New York Times, o The Washington Post, o Financial Times ou a plataforma de publicações online wordpress.com.
Esta definição e informação pode vir a constituir uma notificação formal aos operadores de sites que não devem então vender os dados dos utilizadores. Os defensores da iniciativa querem juntar-se aos reguladores de privacidade europeus para perceber como é que a medida se enquadra face ao regime de proteção de dados em vigor (RGPD).
Nesta fase, o padrão está em fase de testes e não constitui ainda qualquer vínculo legal, mas os apoiantes pretendem que o faça em breve, explica a publicação Fast Company. A medida, a entrar em vigor de uma forma global, irá evitar que os operadores de sites possam construir perfis dos seus utilizadores e trará um importante elemento de privacidade. Gabriel Weinberg, CEO da DuckDuckGo, sublinha que esta solução pode mitigar outros aspetos negativos da Internet, ao retirar os utilizadores das ‘bolhas’ de informação e ao libertá-los das campanhas de desinformação, que assentam no comportamento e demografia dos utilizadores, a partir dos quais são criados os perfis de cada um.
Da forma como o standard está preparado, é possível a partilha de alguma informação com os fornecedores de serviço, como é o caso das empresas de analítica, mas não com o fim de poderem ser construídos perfis de utilização.
O novo padrão pode ser configurado nas extensões DuckDuckGo para browsers e deve estar presente em versões futuras do Firefox. No site Global Privacy Control é possível ver logo no cabeçalho se as novas definições estão ativadas.