A Polícia de Segurança Pública (PSP) revelou que o número de burlas através do sistema de pagamentos digitais MB Way está a aumentar. Durante o ano de 2018, a PSP registou 99 casos de burlas que exploravam a aplicação de pagamentos, número que até 31 de maio deste ano já era de 135 casos.
A forma de atuação dos burlões já foi identificado, após investigação do Departamento de Investigação Criminal. Os burlões contactam utilizadores que têm anúncios de venda em sites de classificados (como o OLX e o CustoJusto, de acordo com a PSP) e convencem-nos a aceitar o pagamento através do MB Way.
Depois, convencem as vítimas a ir a uma caixa Multibanco e «através de indicações enganosas», escreve a PSP, fazem com que a vítima associe à sua conta bancária e conta MB Way ao número de telefone do burlão. A partir desse momento o burlão pode fazer pagamentos e levantamentos de forma ilegítima.
«Convencida de que está a ajudar o potencial comprador a pagar o objeto está, efetivamente, a dar-lhe a capacidade de acesso à conta que está associada ao seu cartão de Multibanco, permitindo assim os levantamentos indevidos da sua conta bancária.», escreve a PSP no Facebook.
Na mesma informação, a PSP pede ainda às pessoas que não paguem através do MB Way se não compreendem o funcionamento da aplicação e pede também que nunca se siga as «instruções de desconhecidos para fazer pagamentos por MB Way».
Em comunicado, em resposta à divulgação de dados da PSP, a SIBS, empresa responsável pelo serviço MB Way e pela rede Multibanco, lembra que «mantém uma relação estreita com as autoridades com vista a ajudar a prevenir e/ou identificar estas atividades» de burla, e que tem reforçado a «informação dirigida aos utilizadores alertando-os para não adicionarem números de telefone de terceiros ou desconhecidos ao ecrã de adesão ou alteração de número ao MB WAY na rede Multibanco».
A empresa sublinha ainda que tem «sistemas de monitorização e deteção de fraude continua e permanente, com vista a reduzir a ou identificar a ocorrência de situações criminosas».
Atualização: Notícia atualizada com a resposta da SIBS