O ataque, mais do que enganar os utilizadores e levá-los para outra página, pode ser visto como uma humilhação ao WikiLeaks, que se orgulha de ser tecnicamente competente e avançado. Hackers do grupo saudita OurMine conseguiram perpetrar um ataque conhecido como “DNS poisoning”, em que convenceram um ou mais servidores DNS de que a página wikileaks.org era na verdade uma página alojada nos servidores do grupo pirata.
Assim, os utilizadores que tentaram ir para a página do WikiLeaks estavam a ser redirecionados para uma página alterada, com uma mensagem de gozo, como se pode ver na imagem que acompanha este artigo. O The Guardian explica que é o equivalente a pintar a fachada de um banco com grafitis e dizer que se conseguiu furar a segurança das instalações.
O grupo explica que fez este ataque porque os responsáveis do WikiLeaks os tinham desafiado. «Eles desafiaram-nos para os hackearmos há alguns meses. Estivemos a trabalhar neste hack durante muito tempo e finalmente conseguimos», explica um membro do OurMine no Twitter.
Este grupo de hackers tem ganho notoriedade com ataques com relativamente baixo impacto, mas grande visibilidade, como foram os hacks a contas de redes sociais de figuras de topo das empresas tecnológicas, como Zuckerberg, Dick Costolo, Jack Dorsey ou Sundar Pichai, em 2016.